quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A privatização do Banespa completa 10 anos


No último dia 20 de novembro, a privatização do Banco do Estado de São Paulo S/A, ou simplesmente Banespa completou 10 anos.

O processo durou cinco anos desde a intervenção administrativa, passando pela federalização e pelas liminares judiciais conquistadas pelo movimento sindical e Afubesp, que retardaram o andamento da privatização.

Os banespianos, como carinhosamente eram chamados os funcionários do banco, lutaram muito para evitar a venda do maior banco estadual que o Brasil já teve. Mas, infelizmente, o leilão oi realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, no dia de 20 de novembro de 2000, e o Banespa foi arrematado pelo Banco Santander.  

Relembrar os 10 anos de privatização do Banespa é muito para todos os brasileiros, principalmente, porque relembraremos da lutas, dos companheiros que lutaram conosco, mas também lembraremos de todos aqueles que entregaram o patrimônio do Estado de São Paulo aos espanhóis. 

A era das privatizações está sendo deixada para trás no Brasil, mas o Estado de São Paulo ainda sofre desse triste mal, contra o qual os cidadãos devem estar prevenidos, destaca o presidente da Afubesp, Paulo Salvador.

A privatização do Banespa tirou do Estado de São Paulo um dos maiores bancos do país. Perdemos em investimentos na produção, no social e o dinheiro da privatização não se reverteu para a sociedade.

“Agora os altos lucros do Santander está indo embora para a Espanha”, afirma Valdir Aguiar, diretor do Sindicato e funcionário do Santander – mas banespiano para sempre.

Assessoria de Comunicação – 25/11/2010

Fonte: Contraf – Afubesp

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CUT defende negociação do salário mínimo com governo para evitar leilão no Congresso

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique, defende que o valor do salário mínimo para 2011 seja discutido entre as centrais sindicais, o governo e uma equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) para evitar que o tema se transforme em "leilão" no Congresso Nacional. "Pode ter participação do relator do orçamento, do presidente da Casa, mas não dá é para ficar discutindo dentro do Congresso, se não vai voltar aquele leilão que existia anteriormente, simplesmente para um ficar apostando quem falava em um valor maior do salário mínimo sem indicar de onde sairia o dinheiro", avalia o dirigente sindical.

Em entrevista à Rede Brasil Atual, o presidente da CUT afirmou que as centrais sindicais vão lutar por um reajuste do salário mínimo para janeiro de 2011 com consciência. "Queremos negociar um valor que não seja os R$ 540 que estão colocados pelo governo, nem seja um valor que sabemos que é impossível dar agora". A proposta apresentada pelo governo federal de R$ 538,15 - arredondado para R$ 540 - é resultado de um cálculo que leva em conta a inflação do ano anterior, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, que em 2009 foi praticamente nulo.

Apesar do valor de R$ 540 para o novo mínimo seguir a regra negociada entre centrais e o governo, Artur discorda da proposta do governo por não apresentar aumento real para 43 milhões de pessoas. "Nós dissemos antes e depois da campanha eleitoral, a crise não foi gerada pelos trabalhadores, nem pelo governo, nem pelos aposentados, então não faz sentido pagarmos a conta", aposta.

Ele acredita que conceder reajuste do salário mínimo apenas com o índice de inflação, sem aumento real, ou conceder agora e descontar em 2012, seria um contrassenso com a própria história recente do país. "A política de valorização do salário mínimo foi fundamental para enfrentar a crise e fortalecer o mercado interno", recorda.

Uma proposta justa, segundo Artur, especificamente para janeiro de 2011, seria pensar em um aumento real compatível com a média de aumentos dos últimos anos ou a média dos reajustes das categorias.
Responsabilidade

Artur também afirma que a discussão do mínimo deve ser encaminhada com responsabilidade uma vez que em 2012 o salário mínimo sofrerá um reajuste compatível com o crescimento econômico do país. "O ano que vem a gente já está antevendo que vai haver reajuste grande do salário mínimo", calcula.

O dirigente sindical vê com naturalidade a posição do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, de que o orçamento suporta um reajuste de até R$ 540 e mais do que isso seria uma decisão política. "O Paulo Bernardo está na posição de todo tesoureiro de tentar reduzir despesas. Ele olha o orçamento como um todo, levando em conta que há dezenas de projetos para aumentar gastos", situa.

Apesar da compreensão com o papel do ministro, diante do orçamento do país, o presidente da CUT enfatiza a necessidade de manter o patamar de crescimento do salário mínimo, para garantir a continuidade do crescimento econômico. "Temos comprovação de que (o reajuste do mínimo) é investimento importante para o crescimento econômico. O mínimo beneficia 43 milhões de brasileiros e mais de 50% das cidades brasileiras", aponta. "O reajuste do salário mínimo cria um círculo virtuoso na economia", lembra o presidente da CUT.

Segundo o dirigente, as centrais sindicais  aguardam uma reunião para a próxima semana com o governo, a equipe de transição da próxima gestão, o relator do orçamento e entidades de aposentados, para debater o futuro salário mínimo brasileiro.

Fonte: Suzana Vier/Rede Brasil Atual - 10/11/2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Santander extingue marca Real e bancários cobram mais empregos

Desde a manhã de quinta-feira, 4, a marca do Banco Real não existe mais. O Santander completou a integração de suas marcas no Brasil, extinguindo a identidade do banco comprado no final de 2007.

As agências do Real passam a ter a fachada vermelha característica do banco espanhol. As principais agências do Real já tinham sido adaptadas ao design do Santander, mantendo a antiga logo apenas em uma faixa que cobria a nova marca.

O presidente mundial do Santander, Emilio Botín, que se encontra no Brasil, fez o anúncio oficial da extinção da marca. A atenção se explica pelo peso do país nos lucros do banco: o Brasil é o principal mercado mundial para o Santander, respondendo por 25% do lucro global. Em seguida aparecem o Reino Unido, com 18%, e a Espanha, com 17%.

Da sede do banco em São Paulo, Botín interagiu, via satélite, com agências do Real em várias capitais brasileiras no momento da "conversão" da marca.

O banco escolheu a primeira semana de novembro para mexer com as marcas por coincidir com o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, do qual é patrocinador. Além da Fórmula 1, o Santander patrocina também a Ferrari e terá grande exposição nesse período.

A estratégia do Santander, que iniciou a última o­nda de fusões bancárias no país, difere da dos rivais Itaú/Unibanco e Banco do Brasil/Nossa Caixa. Os brasileiros preferiram fazer aos poucos a conversão das marcas e da rede de agências.

A unificação das operações entre os dois bancos também já está quase encerrada. Cerca de 95% dos serviços disponibilizados pelo banco já podem ser realizados nas redes do antigo Real e Santander como, por exemplo, depósitos.

Apenas algumas transações continuarão ainda restritas às agências de origem do cliente, como crédito rural e leasing. Segundo o presidente do Santander Brasil, Fabio Barbosa, em fevereiro as operações estarão todas ligadas. "Foi uma opção por uma mudança gradual, para os mínimos transtornos aos clientes. Em fevereiro começarão as mudanças dos números de contas", disse

Terceiro maior banco privado, o Santander tem 24 milhões de clientes no Brasil e 36 milhões de cartões de crédito e débito emitidos.

Bancários cobram mais empregos

A fusão entre Santander e Real trouxe conseqüências para os trabalhadores das duas empresas. Após o fechamento de milhares de postos de trabalho, o balanço dos primeiros nove meses de 2010 revela uma pequena retomada do emprego. O número de funcionários subiu para 52.702, representando geração de 1.752 vagas e crescimento de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já o número de clientes subiu para 24,092 milhões, significando uma elevação de 9,9% em comparação aos 21,926 milhões ante os primeiros nove meses de 2009. O número de contas correntes ativas cresceu 5,1%, passando para 10,571 milhões.

"Esses números revelam que a abertura de vagas não acompanhou a ampliação da clientela do banco, mostrando que os trabalhadores precisam atender cada vez mais clientes, o que significa mais sobrecarga de trabalho e mais riscos de estresse e adoecimento", enfatiza Ademir Wiederkehr, funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT e diretor da Afubesp.

"O trabalho dos bancários brasileiros é responsável por um quarto do lucro mundial do Santander, mas o emprego não tem aumentado na mesma proporção. Para piorar, aumentaram as reclamações de trabalhadores por causa da cobrança das metas após a fusão", afirma Arilson Silva, presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso e funcionário oriundo do Real.

"Com isso, aumenta a pressão e pioram as condições de trabalho, levando ao adoecimento dos bancários. O banco precisa contratar mais bancários, melhorando as condições de trabalho e oferecendo um melhor atendimento aos clientes. A valorização passa também por aumento da remuneração, dividindo melhor o bolo com os trabalhadores", completa.

O Santander abriu 37 novas agências na comparação com setembro do ano passado, número bem abaixo das expectativas dos bancários, diante da reiterada promessa do banco de inaugurar 600 unidades até 2013.

Um pouco da história do Real

Criado em 1925, como uma cooperativa bancária nomeada Banco de Minas, adquiriu oito instituições financeiras no país entre 1934 e 1971. Em 1973, dois anos após transferir sua sede para São Paulo, a organização passou a adotar o nome Banco Real S.A.

Em 1998, o ABN AMRO Bank adquiriu as operações do Banco Real S.A, além das aquisições dos bancos Bandepe (1998), Paraiban (2001) e Sudameris (2003). Em 2007 o consórcio formado pelos bancos Santander, RBS e Fortis adquiriu o ABN AMRO, controlador do Banco Real.

Em 2008, o Grupo Santander passou a exercer efetivamente o controle societário indireto das empresas do conglomerado ABN AMRO Real no Brasil, após o cumprimento de todas as condições para a transferência do controle, especialmente a obtenção da aprovação do Banco Central da Holanda (De Nederlandsche) e do Banco Central do Brasil.

A extinção do Real foi decidida em assembleia de acionistas ocorrida no dia 30 de abril de 2008, permanecendo ainda a marca na rede de agências até a manhã desta quinta-feira.

Fonte: Contraf-CUT com Agência Estado e O Dia - 05/11/2010  

Banespianos do Plano V recebem diferenças da Banesprev no dia 20 de novembro

Durante toda esta sexta-feira, dia 29, inúmeros banespianos do Plano V entraram em contato com a associação para saber sobre quando serão pagas as diferenças de setembro e outubro para os assistidos deste plano que não aderiram a cláusula 44.

O Banesprev informou que os créditos retroativos à data-base dos bancários será feita no dia 20 de novembro, pois o fundo não faz folha de pagamento complementar.
Fonte: Érika Soares – Afubesp – 29/10/2010

Aposentados em 2010 receberão PLR e PPRS proporcional em 10 de dezembro

Os bancários que se aposentaram no segundo semestre deste ano, mais especificamente entre os dias 2 de agosto e 31 de dezembro de 2010, têm direito a receber a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e PPRS proporcionais.

De acordo com informações fornecidas pelo Santander, o pagamento para os colegas que se enquadram nas condições estabelecidas na Convenção Coletiva de Trabalho deverá ser feito no dia 10 de dezembro.

"Na mesma data, o banco disse que também pagará, nos casos em que houver o direito, as diferenças salariais", diz a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e vice-presidente da Afubesp, Rita Berlofa.

Os termos de pagamento já tinham sido acertados na Cláusula 33 da Convenção Coletiva de Trabalho do ano passado, que faz referência a 2010 em seu parágrafo único.

Para saber quanto receberá, o trabalhador deve fazer o cálculo da proporcionalidade levando em consideração os meses trabalhados ou fração igual ou superior a 15 (quinze) dias.

A respeito da PPRS, receberão aqueles que tenham feito parte do programa por pelo menos 90 dias no período trabalhado entre janeiro a dezembro deste ano.

Fonte: Érika Soares – Afubesp  - 28/10/2010

Banesprev calcula variação do patrimônio do Plano II para apurar se haverá repasse

Muitos banespianos do Plano II têm entrado em contato com a Afubesp para saber quando será creditado a diferença de 3,21% nas aposentadorias e pensões, conquistada na greve dos bancários deste ano.


Procurado pela entidade, o Banesprev informou que está calculando a variação do patrimônio do plano para apurar se a rentabilidade permitirá aumento real aos assistidos, conforme prevê cláusula regulamentar. O índice de 4,29% já foi aplicado às aposentadorias em setembro último.
No ano passado, o repasse se deu em dezembro, com operacionalização em janeiro de 2010, que contemplou 2.800 participantes, aproximadamente.
Os dirigentes da Afubesp que são representantes dos funcionários suplentes nos conselhos Deliberativo e Fiscal, Paulo Salvador e José Reinaldo Martins, respectivamente, têm cobrado do Banesprev uma resolução o mais rápido possível.

Fonte: Érika Soares – Afubesp - 27/10/2010