sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sem nova proposta, bancários chegam ao 10º dia de greve

Nesta sexta-feira, dia 8, os bancários completam 10 dias de greve nacional, por tempo indeterminado, devido à intransigência dos banqueiros que continuam sem apresentar proposta que valorize o poder de compra da categoria e garanta melhores condições de trabalho.

Em São Paulo, estão de braços cruzados trabalhadores de centenas de agências de todas as regiões da capital e em Osasco. Diversos centros administrativos dos bancos, dentre eles o Banco do Brasil da Marambaia, os prédios do Itaú Unibanco na Praça do Patriarca e na Boa Vista.

Ontem, o balanço realizado pela Contraf-CUT apontou 8.280 agências nos 26 estados e no Distrito Federal fechadas. O número representa um aumento de 557 unidades em relação ao dia anterior e ultrapassou em 114% as 3.864 agências paralisadas no início da mobilização, em 29 de setembro.

Com isso, esta se tornou a maior greve já realizada pela categoria nso últimos 20 anos, superando a de 2009, quando os bancários paralisaram 7.222 unidades no dia de maior pressão do movimento.

Resposta da Fenaban à carta da Contraf

Na quinta-feira, dia 7, a Contraf-CUT recebeu carta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em resposta ao documento enviada na segunda-feira, dia 4, pelo Comando Nacional dos Bancários, sem apresentar nova proposta e nem marcar nova rodada de negociações.

"Além de não trazer nenhuma proposta, a carta da Fenaban é uma provocação às entidades sindicais. Além disso, a entidade patronal faz terrorismo em suas declarações à imprensa, tentando jogar a população contra os trabalhadores. Essa irresponsabilidade dos bancos só fortalecerá a greve nacional que completa nove dias e segue crescendo em todo país", denuncia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

A Contraf-CUT encaminhou novo ofício à Fenaban, propondo que marque data, local e horário para que os bancos possam apresentar uma proposta global e decente para acabar com a greve que já dura nove dias.

(Texto de Érika Soares/Afubesp com Contraf-CUT - 08/10/2010)

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